Sustentabilidade na cultura da cana

Sustentabilidade na cultura de cana-de-açúcar é prioridade

A cana-de-açúcar é uma cultura intensiva em água que permanece no solo durante todo o ano. Como uma das culturas com mais sede do mundo, a cana-de-açúcar tem um impacto significativo em muitas regiões ambientalmente sensíveis, como o Delta do Mekong, o vale do rio Kaveri, e a bacia hídrica da Mata Atlântica.

De acordo com o Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, o cultivo da cana-de-açúcar pode causar diversos impactos ambientais. Um deles é provocado pelo uso da vinhaça (subproduto do refino do álcool) como fertilizante para a cultura. A vinhaça é rica em nitrogênio, que em excesso na água de rios e lagos, pode favorecer o crescimento de algas, ou eutrofização, tirando oxigênio da água e matando peixes.

No entanto, de acordo com análise da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), nos últimos 40 anos, a taxa média de captação de água para a utilização industrial foi reduzida em quase 95%, proporcionada por investimentos em reuso de água por meio de tratamento e recirculação, otimização do balanço hídrico industrial e adoção de novas tecnologias como a limpeza a seco da cana.

Pesquisadores, entidades setoriais e governo têm lançado esforços em direção a práticas e tecnologias sustentáveis da plantação à usina.

A gestão de riscos sociais e ambientais é importante para os produtores de cana-de-açúcar, processadores e empresas de alimentos devido às pressões regulatórias, bem como às expectativas dos consumidores quanto aos produtos produzidos de forma sustentável e respeito aos direitos humanos e trabalhistas.

Rotação de culturas, manejo integrado de pragas e utilização correta dos subprodutos da indústria como fonte de adubação orgânica são exemplos de boas práticas para o cultivo sustentável da cana.

É importante salientar que as questões de sustentabilidade são primordiais para todas as indústrias que querem sobreviver a longo prazo e que querem se destacar no presente. Essa é uma exigência cada vez maior do consumidor, que está no final da cadeia.

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